Calendário de vacinação para as mulheres

Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda um calendário de vacinação para todas as mulheres em diferentes fases da vida. Conheça as quatro mais indicadas.

Postado em: 01-03-2016 às 01h00
Por: Redação
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Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda um calendário de vacinação para todas as mulheres em diferentes fases da vida. Conheça as quatro mais indicadas.

As mulheres representam 50,8% da população de Goiás, com um total de 3,2 milhões de goianas. Em dez anos, houve um aumento de 500 mil mulheres no Estado. E todas elas têm algo em comum: uma predisposição maior para uma série de doenças e problemas de saúde que afetam, em sua grande maioria, o sexo feminino. Por isso a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda um calendário de vacinação para todas as mulheres em diferentes fases da vida.

De acordo com o médico Alberto Chebabo, infectologista que integra o corpo clínico do laboratório Atalaia, a vacina é a maneira mais eficaz de prevenir doenças. “No caso da mulher, além dos anticorpos criados no próprio organismo, ela pode evitar problemas futuros durante a gestação como a transmissão de doenças para o filho”, aconselha Chebabo.

Conheça as quatro vacinas mais indicadas para o público feminino:

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HPV – Papiloma vírus

O HPV é uma doença sexualmente transmissível pelo papiloma vírus humano que causa uma variedade grande de manifestações, desde verrugas genitais até o câncer de colo de útero. “O câncer de colo de útero está 100% relacionado ao HPV. Isso porque todos os casos de câncer de colo de útero estão ligados ao HPV, ou seja, eliminando essa doença, conseguimos acabar com esse tipo de câncer”, explica o médico.

Tipo de vacina: A vacina mais recomendada é a quadrivalente, pois ela protege contra os quatro tipos mais comuns da doença (6, 11, 16, 18). Dois são causadores de câncer, conhecidos como tipos oncogênicos e dois tipos ligados às verrugas.

Recomendações: A vacina está recomendada entre 9 e 45 anos. Porém a faixa etária ideal seria entre 11 e 12 anos, antes do início da atividade sexual.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

As mães, antes mesmo de engravidar, devem fazer uma avaliação para saber quais vírus já tiveram. Assim, sabem quais anticorpos criaram e quais doenças não terão novamente. “Se a mulher ainda não tem anticorpos contra sarampo, caxumba ou rubéola, está passível de ter a doença durante a gravidez, podendo levar à manifestações e alterações congênitas como surdez, problema de visão e microcefalia no feto. Por isso, a melhor prevenção é vacinar-se preventivamente, até porque ela não pode ser realizada durante a gestação”, reforça.

Recomendações: A vacina está indicada a partir dos 12 meses de idade. Recomenda-se a aplicação aos 15 meses. Mulheres que não possuem anticorpos contra Rubéola deverão se vacinar e aguardar três meses para engravidar.

Tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche)

No caso destas bactérias, a recomendação é que a mãe, e até as pessoas que terão contato constante com a criança nos primeiros meses de vida, estejam imunizadas. “Durante a gestação, recomendamos a vacina de tétano pois, esses anticorpos passarão para a criança e ela estará protegida do tétano neonatal, que ocorre no recém-nascido quando a mãe não tem anticorpos contra esta doença. Já a coqueluche, que dá muita tosse, pode afetar os filhos durante os dois primeiros meses da criança, quando ela ainda não foi vacinada, e pode levar a complicações mais graves. Por isso é indicado que a mãe, os avós e até a babá sejam vacinados para diminuir esse risco, uma vez que adultos podem ser portadores da bactéria sem estarem doentes, transmitindo para a criança”, conclui o médico.

Recomendações: Três doses com intervalo de dois meses entre elas. A partir daí, reforços a cada dez anos. 

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