Cartilha sobre violência contra mulher é lançada em Goiânia

Material busca a prevenção e o enfrentamento da violência contra a mulher

Postado em: 18-08-2017 às 14h20
Por: Victor Pimenta
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Material busca a prevenção e o enfrentamento da violência contra a mulher

Em comemoração aos 11 anos da Lei Maria da Penha, diversas
atividades foram realizadas nesta quinta-feira (17) na Capital. Dentre elas, o
lançamento da cartilha “Toda Mulher Tem o Direito de Viver Sem Violência”, que
visa ajudar as mulheres e toda sociedade na prevenção e punição dos
responsáveis por violência contra a mulher. As ações foram efetuadas pela
Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as
Mulheres (SMPM).

As 38 páginas do material orientam sobre as fases da
violência, o significado da Lei Maria da Penha, as formas de violência e o
passo a passo de como conseguir ajuda. Célia Valadão, titular da SMPM, disse
que o instrumento normativo é um importante manual colocado à disposição das
mulheres contra os abusos. “O material será entregue à população e será um
importante guia de busca de caminhos para sair da situação de violência”.

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Em palestra para representantes de entidades de defesa às mulheres,
a promotora de Justiça dos Direitos da Mulher do Ministério Público de Goiás
(MP-GO), Rúbian Côrrea Coutinho, detalhou os números que evidencia uma
sociedade ainda machista. Somente em 2016, 4,4 milhões de mulheres foram
vítimas de algum tipo de violência no país, 505 por hora. A promotora acredita
na construção de políticas públicas como medida para mudar essa situação. “A
Prefeitura de Goiânia acolhe com abrigo essas mulheres e a cartilha visa a
sensibilização da sociedade”.

Em Goiânia, o mapa da violência mostra que do início de 2016
a fevereiro de 2017 foram registradas 4.174 ocorrências de mulheres agredidas,
fisicamente, moralmente ou verbalmente, por homens.

Rúbian também alertou para a proximidade das
vítimas com o agressor. “61% dos casos o agressor é conhecido da vítima, sendo
19% do companheiro e 16% do ex-companheiro. Apenas 11% das vítimas, do ano
passado, procuraram ajuda”. A representante do MP declarou ainda que a
população deva abandonar o velho ditado de que, em briga de marido e mulher não
se mete a colher.  “Todos nós somos
responsáveis por mudar esse quadro, seja a violência física, mas a psicológica
também”. 

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