Manutenção do peso previne doenças graves

Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade como um dos principais problemas de saúde da atualidade

Postado em: 08-03-2016 às 11h00
Por: Redação
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Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade como um dos principais problemas de saúde da atualidade

A maioria das mulheres vive uma eterna batalha contra a balança. Em alguns períodos, dedicam-se a dietas e exercícios e conseguem eliminar os indesejados quilos extras. Em outros, dão-se o direito de aproveitar mais a vida e acabam recuperando em poucos dias o peso que levaram meses para perder. Geralmente, a motivação é estética, mas a importância da manutenção do peso vai muito além da satisfação com a imagem refletida no espelho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade como um dos principais problemas de saúde da atualidade. É considerada obesa uma pessoa com Índice de Massa Corporal (IMC), acima de 30. O IMC pode ser obtido dividindo o peso pela altura ao quadrado (altura x altura).

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Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em conjunto com Ministério da Saúde, em 2014, mostrou que o problema é ligeiramente mais incidente em mulheres (18,2%) do que em homens (17,6%). Os principais fatores que contribuem com este resultado são o maior sedentarismo entre as mulheres, gestação, história familiar, casamento em idade jovem, cessação do tabagismo e níveis de educação e urbanização baixos.

“Muitas doenças são causadas e/ou agravadas pela obesidade em mulheres, sendo as mais importantes a diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e tromboses), apneia do sono, doenças musculoesqueléticas (artroses, degeneração das articulações e hérnias), depressão, infertilidade e alguns tipos de câncer”, alerta o gastroenterologista e chefe do Ambulatório de Tratamento da Obesidade e Cirurgia Bariátrica do Hospital São Camilo Santana, Ivan Vasconcellos.

Ainda segundo o especialista, a relação entre o IMC, diabetes mellitus tipo 2 e doença coronariana é mais forte para as mulheres do que para os homens. “Uma mulher com 1,65cm e 95 kg (IMC 35 – obesidade), por exemplo, terá mais chances de ser acometida por doenças crônicas do que um homem com as mesmas medidas. Comparadas a mulheres com peso normal, as obesas têm 11 vezes mais chances de diabetes mellitus tipo 2 e três vezes mais chances de óbito por doença cardiovascular”, analisa.

Para prevenir esses problemas, a manutenção do peso é fundamental. “Em alguns casos, uma dieta saudável e balanceada, prática regular de exercícios físicos, controle hormonal e de ansiedade podem ajudar as mulheres a atingir e manter o peso ideal. É importante manter tais hábitos continuamente, para evitar o famoso ‘efeito sanfona’, que é prejudicial ao organismo Em outros, é preciso uma avaliação médica para indicação de cirurgia bariátrica. O objetivo desse procedimento é reduzir a quantidade de alimentos ingeridos e/ou absorvidos pelo organismo, bem como melhorar o metabolismo, levando à perda de peso mais sustentada”, explica Vasconcellos.

Apesar do número de obesos ser pouco diferente entre os gêneros, as mulheres fazem mais cirurgia bariátrica do que os homens e representam até 80% dos procedimentos realizados. “A maioria tem entre 25 e 45 anos, é casada ou tem união estável. Entre as razões para realizar a cirurgia bariátrica, estão a cobrança social e pessoal sobre a imagem corporal da mulher, aumento da possibilidade de engravidar, redução das complicações da gestação e parto e doenças e limitações causadas pela obesidade”, revela.

“Até o momento, nenhum país conseguiu demonstrar, efetivamente, redução na incidência de obesidade. A situação é muito preocupante, pois se acredita que a expectativa de vida deverá diminuir, caso esse problema não seja controlado e continue a aumentar”, finaliza o gastroenterologista Ivan Vasconcellos. 

(Assessoria) (Foto: Reprodução)

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